Aos olhos de alguns a minha filha tem Défice de atenção. Perante este diagnóstico, fiquei confusa.
Será que são os meus olhos de mãe que não querem ver?
Se esta pergunta ressoou em ti, lê.
Chamamos-lhe “Borboleta”. Anda sempre a esvoaçar e a bailar de momento em momento, de tarefa em tarefa. A minha filha é assim. Não consegue estar sentada muito tempo seguido. Muito menos em sala de aula. Não consegue ficar presa ao mesmo assunto/matéria seja ele qual for durante muito tempo seguido. Principalmente se não tem interesse. Quando procura uma explicação de algo, geralmente desliga a meio da conversa e já está noutra. A minha filha é assim.
Chamamos-lhe “Borboleta”. Tem uma capacidade criativa e imaginativa incrível. De um simples risco faz magia. Tem um humor requintado procurando sempre o positivo de qualquer questão. Tem enorme facilidade de se concentrar nas actividades que a motivam, que vão de encontro ao seu elemento, à sua essência. Através destas actividades vamos proporcionando e abrindo outras, não tão procuradas por ela. Tem uma capacidade de ajudar o próximo que me comove, de partilhar o que tem, o que acabou de ganhar. Tem necessidade de movimentar o seu corpo, então aprende melhor enquanto se movimenta.
A minha filha é assim. Tem Défice de atenção para algumas coisas outras não. Assim como eu. E como maior parte das pessoas que conheço.
Partilho contigo o que faço:
1º Descubro o que a motiva verdadeiramente. Onde é que ela se liberta? O que ela adora fazer? Como é que gosta de se expressar? Em que é se diverte?
2º Quando descobri, foi a minha porta de entrada. É através desta ou destas motivações que eu compreendo melhor a minha filha. É neste ponto aqui que lhe posso apresentar outros assuntos e matérias. É aqui que comunico com ela, verdadeiramente. Aprender ganha sentido, todos precisamos de um, certo?
3º Espaço e tempo. Trabalho todos os dias (em mim) para que consiga aceitar o tempo e o espaço que ela precisa. Maior parte das vezes não coincide com as minhas necessidades, é certo! Trabalhamos para um equilíbrio.
4º Confio na sua essência. Confio nas suas escolhas.
5º Falo abertamente com os professores. Sobre o meu sentir. Sobre as capacidades dela. Sobre a necessidade de respeitarmos e compreendermos individualmente a criança sem qualquer rótulo.
6º Trabalho sobre mim própria. Sobre os meus próprios medos e receios. Sobre as minhas expectativas. Sobre a minha capacidade de amar. Sobre os meus julgamentos. Sobre a minha verdade. Acredito que este é, sem dúvida, o maior trabalho.
E sobre este último ponto falamos muito na próxima formação que irei orientar. Se quiseres, vê aqui.
Mais inspirações para ti AQUI!
Grata por leres o que escrevi.
Com Amor,
Sandra Matos
Mulher
Mãe
Professora de Yoga
Fundadora da Escola Babyoga Portugal
www.sandramatos.net
www.babyogaportugal.com