“Assim que as crianças adormecerem…
eu vou limpar a cozinha, dobrar a roupa e ainda dar um jeito na casa, falta ainda preparar o dia de amanhã e depois tomar banho.
Acho que consigo!”
Deitas-te com os teus filhos, contas uma história e… adormeces. Acordas sobressaltada lá para a meia-noite e com MUITA coragem e sono (e uma certa dose de loucura!), levantas-te cumpres o que estipulaste, porque ninguém o faz por ti, ou ninguém o faz como tu ou ainda gostas de fazer à tua maneira.
Dias e dias, noites e noites.
Esta foi a minha realidade durante algum tempo. Até me sentir cansada, sem energia, sem prazer no momento e no dia seguinte. E por vezes, é preciso chegarmos aqui para perceber que a nossa estratégia não está a resultar nem tão pouco é a mais inteligente. Querer fazer tudo sozinha e reclamar que não tenho ajuda, não é de facto o equílibrio.
Acredito que nós mães somos mesmo únicas a dar. Dar amor, dar atenção, dar conforto, dar colo, dar a melhor refeição, dar brincadeira, e também, a nos colocarmos constantemente em último lugar.
Quando sentes que te deixas constantemente para último lugar, percebe em que ponto da lista das pessoas que amas tu estás. Percebe também que fazeres tudo por todos e não respeitares as tuas necessidades, não tem propriamente a ver com o amor pelo outro e sim com auto-merecimento.
Sim, o teu.
Nós, mães, somos muito boas a nos esquecermos de nós.
Quando cuidas de ti, os teus filhos aprendem sobre amor-próprio, sobre auto-estima, sobre felicidade.
Cuida de ti, hoje.
Grata por leres o que escrevo e por partilhares a tua história comigo!
Um abraço,
Com Amor,
Sandra Matos
Revejo-me em todas as palavras,essa tem sido a minha história,de vida desde o nascimento do meu filhote!!! Beijinhos!!!
Uma grande verdade…
Olá Sandra. Chamo-me Mané Gomes e adorei o artigo. É tão verdade! Dou formação em atendimento ao público na CM Sesimbra e também ao público em geral e no início das formações tive de as alterar pois percebi que a maioria das pessoas não tinha auto estima, amor próprio e nem sequer conheciam o seu valor. Quando peço para escrever o nome do maior amigo num papel, o nome nunca é o delas próprias…Quando digo que para gostarmos dos filhos e darmos um olho, um rim o que for , por eles, temos de estar bem resolvidas e gostarmos de nós para podermos gostar dos outros e darmo-nos , neste caso, aos filhos.
Enfim… tanta coisa havia para dizer! Obrigada e continue! Beijinho!